Aprender um idioma

Normalmente, quando escrevo tento evitar rever o texto muitas vezes, porque corro a eventualidade de entrar num loop de correções e mudanças de ideia que me deixarão com a sensação constante de inconclusivo. No entanto, com este post isso terá mesmo que acontecer, porque muito do que escreverei será um reflexo das minhas observações diárias, enfim da minha experiência e maturidade.
O tema deste post é aprender uma língua, que no caso é o neerlandês, mas que poderá ser útil para o aprendizado de qualquer idioma.
Ao dizer que aprender uma língua é difícil, já se torna um cliché. Passei a me perguntar como falar sobre este assunto e trazer alguma contribuição, saltando o cliché. Pensei…

Ser perseverante ! Atitude correta. Não dominamos, e por vezes, não compreendemos a nossa própria língua materna. Não sabemos o significado de muitas palavras que estão em nosso dicionário e nem a usamos. Imagina uma nova língua!

Um pouco todos os dias! Estar a viver no país da língua que se estuda é o ideal. Se essa possibilidade não for possível, então procurar ter algum contato diário com a língua é essencial. Assim, um filme, ouvir música, ler uma revista, um pequeno livro ou mesmo um livro infantil.

Usar a internet! Hoje são tantos os recursos disponíveis, mas é preciso ter alguma sensibilidade, para se escolher o que realmente interessa, e que tenha qualidade, que siga um método.

O tempo! Observo as pessoas a fazerem comparações sobre o seu nível de conhecimento. Compreendo que é uma atitude normal que temos, mas não se deve esquecer que cada pessoa tem o seu “time”, e que é decorrente do produto de sua experiência, realidade, disponibilidade, convivência e possibilidade. Não se vitimar, mas aceitar essa condição, e seguir.

Por tudo isso, pretendo trazer algumas soluções que possam ser convenientes para o seu aprendizado do neerlandês, mas que poderão também ser de utilidade para outras línguas. Poderemos trocar ideias e avaliá-las. Cada post deste tópico “neerlandês”, uma ferramenta. Um passo!

Tot ziens! 😉

A Bélgica Vive!

Bandeiras belgas a meio mastro
É um momento triste
Lugar pacífico que acolhe a todos
Gesto louco atingiu o coração de todos
Irracional !
Cada cidadão aqui é hoje uma bandeira belga
Agora juntos contra o terror !

SiL

A Bélgica unida continua viva!
Viva a Democracia!

Tot ziens !

Um Brasileiro na Alemanha, o livro

livroUma brasileira na Bélgica leu “Um Brasileiro em Berlim”, de João Ubaldo Ribeiro. Com essas últimas palavras já dá para perceber o que nos trará o livro.
A experiência vivida pelo, ao mesmo tempo, autor/personagem confunde-se com a experiência vivida por nós, os emigrantes, independente da nacionalidade.
Toda aventura de Um Brasileiro na Alemanha começa já no avião, em seguida um aeroporto que já parece do tamanho do Brasil. Já a caminhar pelas ruas de Berlim saca, trêmulo, o amigo de todos nós, o dicionário de bolso !

Identifiquei-me logo com o livro não apenas por ser emigrante, mas também devido a alguma semelhança que há entre o idioma alemão e o neerlandês. Nos dois idiomas, além de sons parecidos há também muitas junções de palavras o que deixa frustrado o nosso amigo dicionário de bolso que não consegue nos ajudar. Há existência de aglomerados de palavras que formam uma nova e comprida palavra. E, ainda, saber quando o verbo vem no início da frase e, às vezes, vai lá para o fim de uma enorme frase. Circunstâncias que o autor revela sempre com muito humor que só cabe em nosso imortal João Ubaldo Ribeiro.

As semelhanças entre o idioma alemão e o neerlandês não param por aí. Dei uma gargalhada quando ele descreve sobre as inúmeras preposições. Essas criaturas existem em grande quantidade, e ainda formam os verbos separáveis! Amai! (expressão típica daqui) Daí, numa frase dependendo do tempo verbal vão parar lá para o fim da frase. E, no mesmo contexto, o João Ubaldo fala escreve sobre a dificuldade em se traduzir certas palavras, porque na língua portuguesa, e para isso dá o exemplo da palavra “amanhã”, pode ter vários significados.

Mais os pontos em comum da realidade alemã e flamenga seguem-se com a semelhança climática, quando com muito bom humor, o escritor relata a um amigo que vive no Brasil que 9hs é que começa a surgir alguma presença do amigo Sol, e que logo se vai às 16hs. Realmente, está é a realidade mais difícil de ultrapassar, as horas de escuridão durante o inverno. No verão descontamos, é verdade.

Ele não esquece de contar a experiência com os dialetos. Já não é suficiente ser uma língua difícil de aprender e temos que sofrer com a existência de dialetos e expressões entre regiões, e até mesmo entre cidades de uma mesma região. É verdade, que mesmo no Brasil, ou até mesmo em Portugal, há diferenças de pronúncia, de palavras diferentes para o mesmo objeto, mas nada se compara com o que acontece na região flamenga da Bélgica, e muito também acontece na Alemanha, segundo o escritor. Porque temos um idioma que é a língua de imprensa, e de quem se dirige ao público e na rua há outro idioma. Oh não!!!

Depois ele cita que não entende como o alemão consegue ser tão organizado. Mais gargalhadas dei. Uma vez vi uma reportagem, nos anos 80, com um amigo alemão de Nelson Piquet, ex-piloto de F1, e esse tal amigo dizia que entre outras coisas o que mais gostava no Brasil era poder sentir por alguns momentos a desorganização. O que só comprova as observações do João Ubaldo.

Quatro pequenos choques deste brasileiro na Alemanha: alemães nus, a bandeijinha, tráfego e olhar. Até agora só passei por dois destes choques, mas não chega a ser exatamente um “choque”, diria que foi mais uma observação. No choque “tráfego”, a situação que ele descreve, passada na Alemanha, aqui na região flamenga é idêntica quanto à pista de bicicletas. E o choque “olhar” também, as pessoas respeitam mais a privacidade e as escolhas dos outros.

No livro, o escritor também fala um pouco de sua infância no Nordeste do Brasil. Quase uma história que revela como tornou-se um escritor. No fim do livro apresenta um apêndice de palavras que podem ser úteis na Alemanha ao se visitar ou viver.

Ele, como eu, e penso que todo emigrante passa a ter uma nova visão e compreensão do país que se escolheu para viver, independente dos motivos que o levaram, e que só é possível com a vivência, com as experiências positivas e menos positivas.

Tot ziens !;)

 

Figueira da Índia

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Figueira em Chia, Sardenha, Itália

Esta linda figueira da Índia
Encontrei em terra sarda
Espero revê-la um dia
Quem sabe não tarda.

Mesmo entre oliveiras
Faz-me lembrar minha terra singela
Por toda a Sardenha andavas
Com teu manto de severa
Mais és um doce que se revela.

SiL

Com estes simples versos termino a série de posts sobre o Sul da Sardenha que conheci e admirei. Até um dia, Sardenha! E um obrigadíssimo a todos que acompanharam os meus posts.

Tot ziens! 😉

 

 

 

 

 

Grotte Is Zuddas Santadi

Não só de praia vive-se o turismo no Sul da Sardenha. Como mostrei, em post anterior, temos a visita ao Sítio Arqueológico de Nora, e também temos grutas para conhecer e admirar.
A escolhida foi a Grotte Is Zuddas Santadi. É essencial a visita ao site  antes de visitá-la ( www.grotteiszuddas.com ) para se informar quanto a localização, horários sazonais e preçário. Tudo organizado e definido, mas não esperávamos ter de novamente enfrentar o caminho passando pelas curvas quase infinitas que precedem Teulada até chegar à Iglesias.
Todo o ambiente em torno da gruta está bem organizado para recepção aos turistas. Parque de estacionamento, um agradável jardim de espera, bar-lanchonete e restaurante. Quanto aos preços: adultos 10€ e crianças de 6 a 12 anos pagam 7€.
Começar a subida por um agradável visual, mas cansativos degraus até a entrada da gruta, onde podemos descansar um pouco, sentados, depois do esforço de subida, e para a caminhada seguinte da visita com guia. A visita é em italiano. Esta informação não está visível no local, nem no site. No entanto, à entrada da gruta, são emprestados folhetos em inglês e/ou francês.
A gruta foi uma descoberta de crianças que brincavam no local, no que tinha sido anteriormente uma pedreira de mármore. A caverna é composta de várias salas, numa extensão de cerca de 500m, onde podemos admirar estalactites e estalagmites. A temperatura no local era de 16ºC Assim, muitas pessoas iam protegidas com roupa de frio. Como já vivemos a maior parte do ano nesta temperatura, aqui na Bélgica, então não foi necessária uma maior proteção. É permitido fotografar, mas sem flash.
GPS 39º02’46.1”N 8º42’19.2”E

Então, vem comigo conhecer essa beleza da natureza! 😉

 

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Uma das primeiras salas visitadas
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Espetacular!

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P8090946.JPGTot ziens! ;)

Teulada

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Paisagem próxima à Teulada

O caminho até esta pequena, mas simpática comunidade do Sul da Sardenha não foi muito agradável para mim. Bem, a paisagem é belíssima, mas sofri um bocadinho com as curvas. Foram mais de 200 curvas desde Domus de Maria até Teulada. No entanto, digo-vos que vale a pena o sacrifício. A simplicidade desta cidadezinha comove e nos cativa, pois há um gosto de infância que para mim recorda alguma cidade do interior do Nordeste brasileiro.

Andar sossegadamente entre as ruas de Teulada é descobrir a simplicidade em viver. Em suas casas floridas e coloridas, em algumas uma forte presença religiosa, é revelada em seu exterior. É andar pelas ruas e ser ainda surpreendido com um “buonasera”, deste encantador idioma.

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Centro de Teulada
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Uma rua em Teulada
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Frente de uma casa em Teulada

Ir a uma gelateria artesenal conjugada com toda uma arquitetura de simplicidade à volta e saborear um delicioso gelato por apenas 1,20€. Passar em frente a uma banca de feira e comprar um torrone típico e caseiro. Jantar a um restaurante e sentir o verdadeiro sabor italiano numa pasta com tomates e mexilhões.

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Produtos regionais

Mais a cidade de Teulada é pequena em suas dimensões, mas um gigante na importância para a Sardenha. E tal, vai desde o turismo com a existência de bons restaurantes e da praia de Teurredda; motivações históricas desde os fenícios, passando por batalha durante a Segunda Guerra Mundial entre a frota britânica e italiana, até a presença atual de uma base da NATO. E, também na motivação religiosa com forte tradição durante as festas religiosas ao longo do ano.

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Bons restaurantes em Teulada

GPS 38º58’04.4″N 8º46’17.6″E

Tot ziens! 😉

Spiaggia di Tuerredda

E, voltando a apresentar mais sobre o Sul da Sardenha
A escolhida! 🙂 Apenas bons adjetivos para esta praia no Sul da Sardenha.
Ir de encontro a esta praia, seguindo as curvas da estrada, já nos faz sentir o quanto é fantástica.

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Vista ao se aproximar da Spiaggia di Tuerredda

Pensa-se… Estamos no Caribe? Não, estamos em território europeu.
A praia tem um impressionante mar com reflexo azul-turquesa, águas transparentes, mesmo cristalina e com temperatura perfeita. Por isso, chegar cedo é a regra a ser seguida para esta praia. Muitos querem desfrutar desta pequena perfeição da natureza.

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Spiaggia di Tuerreda – Sul da Sardenha

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Mais Spiaggia di Tuerredda

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Chegar cedo para se ter a melhor vista mesmo que seja contra o Sol
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Lindas vistas e maravilhosa água

Para receber a todos há uma diversidade de estacionamentos com boa organização. Logo à direita da estrada há um amplo estacionamento por 6€ (todo o dia) ou 3,50€ (parte do dia), 3€ para moto, preço especial para ocupantes de alguma unidade hoteleira em Teulada; bem como preço especial para moradores de Teulada. Ao atravessar a estrada, já em caminho à praia encontrará outras opções de estacionamento, com preços mais elevados à medida que se aproxima da praia, segue-se de 7€ a 9€. Estes estacionamentos mais próximos têm alguma inconveniência ao sair deles devido a movimentação de pessoas no acesso à praia e ao aclive em relação à estrada. Alguns resolveram arriscar deixar seus carros e motos fora dos estacionamentos, mas tiveram uma desagradável surpresa chamada “sra. multa”.

Uma praia com todos os serviços para que se possa passar o dia, desde a existência de quiosques-bar, restaurantes, aluguel de barcos a pedal, como também divulgação de possíveis excursões à barco.

Fiquem com um curto vídeo desta praia desejando que um dia possam conhecê-la. Vem comigo !

GPS 38º53’44.2″N 8º48’52.9″E

Tot ziens! 😉