Esta receita eu vi num vídeo do Facebook. Eram vários vídeos seguidos com sugestões de pratos com frutos do mar. E, uma delas chamou-me logo a atenção e fui fazê-la com pouca modificação. Chama-se Garlic Bacon Alfredo. Alguns dias depois, vi outras variações no YouTuBe, usando, por exemplo, espinafre.
Ingredientes: (4 pessoas)
Camarões, 450g de camarão tamanho 31/40 (descongelo o camarão)
Bacon (6 fatias, mas usei 100g em cubos pequenos)
Sal e pimenta a gosto
½ cebola picada
1 tomate
3 alhos picados
1 pacote de natas (creme de leite)
1 xícara de queijo parmesão ralado
1 colher de sopa de salsa fresca picada
Tagliatelle (calculo cerca de 50g para cada pessoa)
Passo 1: saltear o bacon e o camarão. Enquanto isso, prepare a massa.
Passo 2: retirar os camarões e bacon. Colocar na mesma frigideira a cebola, o tomate e o alho. Saltear.
Passo 3: Adicionar as natas.
Passo 4: Em seguida adicione a massa de tagliatelle, o bacon e o camarão.
Passo 5: Envolver bem. Colocar queijo parmesão ralado e a salsa.
Como de hábito, gosto de falar um pouco da culinária encontrada em nossas viagens e passeios. Saímos de casa para este passeio já definido onde íamos almoçar. Chegamos em Ieper às 13 horas. Estava terminando no Grote Markt (praça principal) da cidade a feira de flores. Ficamos tão encantados com a arquitetura da cidade que se não fossem horas de almoço, começávamos já por passear pelas ruas da cidade.
O lugar escolhido é um espaço pequeno, mas super aconchegante. Uma decoração de bom gosto até mesmo no wc. 😊 Atendimento simpático e, sobretudo uma comida simples, mas muito saborosa. O Ben’s Bar fica bem próximo ao Grote Markt.
Nós escolhemos dois BEN’s bbq belgian bw steak, um com molho BEN’s Bearnaise, e o meu com molho BEN’s Chimichurri, que eu não sabia que é um molho originário da Argentina e Uruguai. A minha escolha foi feita devido a uma consulta rápida do que era Chimichurri no Google. 😊 Adorei o sabor. Vou tentar fazer este molho em casa. Os rapazes pediram Ben’s cheeseburger com um molho secreto e disseram que estava super delicioso. Devia estar mesmo, porque enquanto comiam não ouvi suas vozes. 😊
Para beber escolhemos uma deliciosa cerveja artesanal feita pelos abades da cidade belga de Dendermonde, uma tripla carmelita (Tripel Carmeliet). Vale dizer que cada cerveja belga tem o seu próprio copo para ser saboreada.
Fica a dica, se um dia vierem conhecer esta cidade. 😉
O nosso filho mais novo, Miguel, já tinha estado neste museu com a escola. Ele é um grande conhecedor da história da Primeira Guerra Mundial, ainda mais com a idade que tem, 11 anos. Ele foi o nosso guia. Indicou-nos a bilheteira e como utilizar uma pulseira que recebemos para dar acesso às salas de exposição e para ter acesso a dispositivos interativos que há ao longo de todo o museu. Você tem a opção de comprar com ou sem a subida à torre. Optamos pelo bilhete família com a subida da torre. Foi de lá que tirei algumas belas fotos mostradas no post anterior e o filme que fiz. Não me relaciono bem com as alturas, mas valeu a pena o esforço de chegar ao top com o coração quase a sair pela boca. Pelo caminho da subida e descida, tivemos sorte de ver um belo espetáculo de sinos.
O museu é muito moderno e interativo. E mostra muito do que foi um dos conflitos mais devastadores da história. As últimas testemunhas do conflito já faleceram. A exposição confronta o visitante com as consequências de uma Grande Guerra. Enquanto estive lá dentro pensei muito no esforço e na pressão que devemos fazer sobre os líderes para que este evento não volte a ocorrer. Parece que não aprendemos com a historia que se repete. Olhava para aqueles rostos, muito deles tão jovens, seus objetos pessoais, recordações da juventude, e não parava de me perguntar: Para que? Por que não foi evitada?
A exposição tem projeção de vídeos, clipes de som e aplicativos multimédia. A pulseira que recebemos na entrada tem uma papoula. A papoula está na exposição e em outros cantos da cidade, simboliza os seus heróis mortos, isto porque depois do fim dos combates surgiram muitas papoulas na planície. Ao longo da exposição há alguns lugares para se sentar, assim você pode não só descansar, como pesquisar e refletir sobre tudo que se passou.
Particularmente, chamou-me atenção todo o pesado vestuário de inverno, os objetos pessoais e as fotos das várias cirurgias faciais, que estavam no teto, num canto escuro.
Para você que chega agora ao blog, Ieper é conhecida por ter sido lá que os alemães utilizaram, pela primeira vez, um gás vesicante que causa lesões na pele, que recebeu um nome em alusão a esta cidade. O gás iperita, mais conhecido como gás mostarda.
No fim da exposição há um café com uma área bastante longa onde você pode desfrutar de alguma apresentação musical. Logo a seguir, encontra-se uma loja para compra de vários artigos relacionados com a Primeira Guerra Mundial e com a cidade de Ieper.
Ao redor da cidade há vários cemitérios de guerra e trincheiras. Neste passeio não fomos conhecê-los, mas o Miguel foi, e você pode ver (aqui) as imagens e vídeos, ou no canal do YouTuBeO Miau do Leão.
Cartazes durante a Guerra em várias línguasFilmes curtos sobre a Guerra em várias cidades belgasVestuário de várias nações na Guerra, incluindo o Império Otamano
Cenas em combate com equipamentos utilizadosAnimais foram utilizados em combate
Equipamento médicoMais equipamento médico. A aspirina era um dos medicamentos.Vídeo e exposição de máscaras devido o gás mostardaVários vídeos sobre a geografia da GuerraPausa na exposição para subir a torreNa descida da torre, um show. Ver vídeo abaixo.Cenas da GuerraO cão também esteve em batalhaMaquetes. Havia vida subterrânea, mas era difícil por estar quase sempre alagadoArmas e utensílios encontradosInstrumentos musicais da épocaMaquete mostrando o campo de batalhaObjetos dos OtomanosPrimeiras cirurgias faciais devido a GuerraObjetos pessoais de um combatenteEquipamento dos americanosPara as diversas religiões dos combatentesEsqueleto de animais em combateImagem de parte de um agrupamentoExposição de vários chapéusLoja no final da exposição para compra de livros e recordações
Até o próximo post sobre o passeio até a cidade de Ieper.
Sábado passado foi o primeiro lindo dia de primavera na Bélgica. Não se pode esperar por amanhã, há que aproveitar. É essa mentalidade que muitos seguem, num país cujo clima é frequentemente de céu cinzento ou chuva. E, foi o que fizemos, aproveitar o dia, a vida! Decidimos rapidamente entre 2 sugestões de passeio. E, seguimos até Ieper, na região flamenga.
O meu filho mais novo já escreveu um post (aqui) como convidado. Ele foi o nosso guia neste passeio, e estava muito orgulhoso disso. Eu fui levando o carro, e fiquei logo impressionada com a beleza desta pequena cidade carregada de glórias e tristezas, e sobretudo valentia. À entrada há um belo pórtico erguido em homenagem aos heróis da Primeira Guerra Mundial. Há muitas outras homenagens na cidade.
Miguel contou isso no guest post, mas vale relembrar que foi nesta cidade que os alemães lançaram pela primeira vez em guerra um gás que recebeu o nome em alusão a esta cidade, o gás iperita, também conhecido como gás mostarda.
A cidade tem a sua arquitetura marcadamente flamenga. Logo no Grote Markt, a praça principal, está um imponente prédio que abriga o Flanders Fields Museum. Que foi um dos objetivos de nosso passeio. Sempre é tempo para cultura e história! Chegamos à cidade às horas de almoçar, e foi esse o nosso primeiro alvo. Quando decidimos ainda em casa o destino, fizemos logo a escolha de onde íamos almoçar. Falarei sobre isto em outro post, bem como sobre o museu.
Como é época de Páscoa, aproveitei para tirar 2 fotos de vitrinas (montras) de lojas com o tema chocolate, que é um produto top na Bélgica. Eu sou uma apaixonada por aves e apesar de não encontrá-las neste passeio, não me esqueci delas. Deste passeio só não deu para eu tirar foto dos vários balões no céu que vi quando voltamos pela estrada. Estava mesmo um belo dia de primavera com os seus 11º C e céu quase limpo.
Vamos ver um pouco da cidade em fotos e um filme. Vem comigo!
Estamos na primavera! Só que esqueceram de avisar ao frio. Ainda andamos à volta dos 7ºC. Um pulo à Bruxelas, para compromissos, em um dia de chuva e o tal frio. Muito trânsito à volta do coração político da cidade, devido a um isolamento policial rigoroso em torno do prédio da Comissão Europeia. Ninguém podia se aproximar, mesmo que estivesse à pé.
Não perdi a oportunidade para colecionar mais fotos desta cidade que é a capital da Europa
Candidaturas para a bolsa de graduação, voltada a estudantes internacionais até 31 de maio. O apoio financeiro será concedido a estudantes que venham de um dos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, e que tenham sido aceitos em um dos programas oferecidos pela Universidade de Westminster, localizada no Reino Unido.
Eu já falei aqui no blog, que em casa gostamos muito de todos os pratos que levem caril (curry), então eu já trouxe alguns pratos com esta especiaria e vem mais! 😊
Hoje o prato não era com caril, era com garam masala. Só que na cozinha cabe bem o improviso seja por qual motivo for. E, foi o que aconteceu com a receita original que se chama Dhal Indiano com Torradas de Pão Pitta. Uma receita super saudável com lentilhas vermelhas.
Esta receita está no livro O livro essencial da cozinha vegetariana, editora Könemann.
Porções: 4 a 6
310g de lentilhas vermelhas
2 colheres de sopa de ghee (manteiga clarificada)
1 cebola média, finamente picada
2 dentes de alho, esmagados
1 colher de chá de gengibre fresco ralado (eu usei em pó)
1 colher de chá de açafrão moído
1 colher de chá de garam masala (substitui por caril, pois não vi que o garam havia acabado, experiências)
500ml de água
Acrescentei um pouco de coco ralado na receita 😉
Torradas de Pão Pitta (acompanhei com Pão Naan)
4 pães pitta redondos
2-3 colheres de sopa de azeite
Ponha as lentilhas num tacho grande e cubra com água. Deite fora alguma que fique a boiar e escorra bem as lentilhas.
Aqueça o ghee num tacho médio. Frite a cebola durante 3 minutos ou até ficar macia. Junte o alho, o gengibre e as especiarias; cozinhe, mexendo mais 1 minuto.
Junte as lentilhas e a água e deixe ferver. Reduza o lume e cozinhe. Mexendo ocasionalmente, durante 15 minutos ou até a água ter sido absorvida. Tenha cuidado no fim da cozedura pois podem pegar ao fundo do tacho.
Passe para uma tigela de ir à mesa e sirva quente ou à temperatura ambiente com Torradas de Pão Pitta ou com pão naan ou pitta.
Para fazer Torradas de Pão Pitta: aqueça previamente o forno a 180ºC. Corte o pão pitta em forma de meia-lua e pincele ligeiramente com azeite. Ponha num tabuleiro e leve ao forno 5-7 minutos, até ficar dourado e estaladiço.
Nota: Se for difícil conseguir, pode usar-se óleo em vez de ghee. Também pode fazer o seu próprio ghee – derreta manteiga e retire a espuma branca que se forma à superfície e verta a manteiga líquida para outro recipiente
Numa viagem de “bate ponto” em que o objetivo não era o turismo até que vimos bastante de Lisboa. Não sendo uma viagem de turismo não estivemos com muitas exigências para comer. Mesmo assim deu para matar saudades de um dos meus pratos preferidos da culinária portuguesa a “Alheira à Mirandela“. Optamos por almoçar no prático e rápido, no shopping do Chiado. E, decidimos por uma casa de refeições que é uma rede que está em várias cidades do país, o Pateo.
A minha alheira estava muito tímida e ficou meio que escondida pelo ovo. 🙂 Já o lombo de bacalhau à lagareiro não tinha vergonha nenhuma. 🙂
Poucos dias depois da viagem à Londres, em janeiro, precisamos fazer uma viagem “bate ponto” de um dia à Lisboa, e ficamos com toda a tarde livre. Estava um lindo dia e Lisboa continua linda.
Encontramos uma Lisboa tranquila, limpa e com mais cores. Sua arquitetura que nos é familiar, suas ruas e rotundas de história. Encontrei uma novidade para mim: o centro turístico está invadido de tuk tuk. 😊
Foi uma viagem que me fez alguma confusão, e eu contei aqui no Baú Aberto 4. Ouvir uma língua tão facilmente entrar pelos ouvidos em todo o lado, a todo momento, foi uma sensação estranha.
Pouco tempo, mas o suficiente para matar saudade de um dos meus pratos preferidos: Alheira à Mirandela. Para ver e saborear a riqueza da pastelaria tradicional portuguesa, um orgulho de seu povo. Deu tempo até de ter uma conversinha com o Fernando Pessoa em frente ao Café A Brasileira e de piscar para a Ginjinha. Ainda aqueci o estômago, o coração e as mãos com as castanhas portuguesas e comprei um novo chapéu de cozinha bordado com o meu nome.
Lisboa é isso: um toque familiar.
Vem comigo vê-la em imagens…
Avenida da LiberdadeRotunda Marquês de Pombal, cenário de comemorações
Fernando Pessoa
Castelo de São Jorge no alto
Ainda haviam castanhas portuguesas quentinhas, obaaaaa!Elevador de Santa JustaMeu chapéu bordado
Faz uns 3 dias que terminei de ler o livro “Crônica de Uma Morte Anunciada”, do Gabriel Garcia Márquez, coincidência com uma semana de outra morte quase que anunciada de Marielle Franco, mas motivo diferente da morte de Santiago Nassar.
Eu decidi ler esta obra, porque ia fazer uma curta viagem, e gosto sempre de ler enquanto viajo, mas eu tive alguma dificuldade em terminar a leitura deste curto livro. O que ia se passar na história, já se sabia, mas saber os motivos e como foi a morte, isso já demorou mais a se saber.
Algumas vezes, perdi-me na leitura, porque a história é contada sob o ponto de vista de um narrador, que eu pensava que seria desvendado como alguém importante na trama, mas isso não aconteceu. Só depois, pesquisando, sobre esse narrador é que vi que parece ter sido algo vivido durante a juventude do autor. Não sei se é verdade, mas pode fazer algum sentido.
Uma história que conta o assassinato de um jovem morador pelos irmãos de uma jovem que fora desvirginada antes de se casar. Com o que tenho lido de notícias ultimamente, não é algo tão irreal nos dias de hoje.
Vale a pena ter que esperar até quase o fim da leitura do livro para ler a cena da morte de Santiago Nassar, que é tão bem descrita em detalhes por Garcia Márquez que parece real. Apesar de chocante, é também quando se percebe o que é um escritor em maiúsculas.
Ao contrário de Cem Anos de Solidão, nesta obra não encontrei a riqueza de detalhes do ambiente tropical da Colômbia.
De qualquer forma sempre vale a pena ler, ainda mais quando se trata de Gabriel Garcia Márquez.