Como estivemos na Baía dei Turchi onde os turcos desembarcaram para conquistar Otranto, decidimos que seria a primeira cidade a ser explorada, e assim fomos num final de tarde com temperatura mais amena. Um momento do dia ideal para apreciar a praia e marina.
A cidade é rica em história, arte e cultura. Merecia mais tempo para conhecê-la, entretanto a dificuldade em vaga de estacionamento no verão, demasiada oferta estilo “tourist trap”, sem falar que como é uma região mais frequentada por turistas da própria Itália sentimos alguma resistência ao inglês, assim não voltamos para visitá-la outra vez, apesar da pouca distância entre Minervino do Lecce e Otranto.
A sua posição geográfica foi uma oportunidade comercial, mas também uma ameaça para invasões. A chamada “cidade velha” é cercada por muralhas defensivas, e sua entrada chama-se Porta Alfonsina. Há muita vida descontraída dentro das muralhas, contrastando com um passado de conquistadores lombardos, bizantinos, aragoneses, franceses e turcos, povos que deixaram suas “pegadas” na vida da cidade. É o caso do Castelo Aragonês construído por Fernando I de Aragão, entre 1485 e 1498, como uma fortaleza militar com seu fosso à volta.
Andar pelas ruas estreitas e becos da cidade antiga é muito agradável. São cenas pitorescas. Há muitas pequenas lojas, restaurantes, cafés e muitas casas com simpáticos pátios. Um labirinto que dá gosto percorrer e se perder.
Depois de conhecer o exterior do Castelo, seguimos poucos metros e avistamos a grandiosa Catedral de Santa Maria Anunziata, que remonta ao século XI. Logo chama a atenção a sua rosácea gótica e alguns elementos barrocos na porta de entrada. O seu interior é fantástico! O seu chão de mosaico é de um imenso valor artístico e pelo que percebi representa a “Árvore da Vida”, mas também há outras simbologias como o papel histórico de Otranto e referências pagãs. Acho que merecia um balcão superior para ser visto em sua totalidade. Em seu interior há a Capela dos Mártires ainda com restos mortais de fiéis, que tentaram a resistência contra os turcos, mas não tive coragem de visitar. Há outras igrejas que mereciam uma visita, mas não a fiz.
Após o passeio pelas ruas de Otranto, fomos à procura de um restaurante para jantar. Nossa atenção foi desviada por um grupo de mulheres que dançavam ao som de tambores, aquele ritmo atraiu muitas pessoas naquele fim de tarde de beleza. Voltamos à realidade, e vimos que o restaurante que havíamos escolhido estava com uma fila enorme e carecia de reserva. Acabamos por ir a um que estava até bem cotado no TripAdvisor, seguimos a sugestão de peixe do dia, e saímos com a sensação de ter caído numa daquelas armadilhas para turista. Valeu apenas a simpatia da funcionária e algumas fotos do seu trato com o peixe.
Segue um vídeo com muitas imagens de Otranto, e outro vídeo com som original! 😉
Até ao próximo post em terras do Salento! 😉
O mundo é vasto e lindo. O som dos instrumentos me lembrou algo das músicas dos escravos africanos (que já vi em filmes e novelas brasileiras). Ótimo final de semana.
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Bastante vasto!
Também lembrou-me sons africanos devido os tambores. Não deu para perceber do que se tratava. Combinou com a luz do entardecer, um momento místico.
Obrigada e ótimo final de semana para si tb!
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Gostei da publicação. Texto informativo e várias imagens. Parabéns.
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Muito obrigada!
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Que lindo, Miau!!!!
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Obrigada, Rejane!
Espera as próximas cidades. E numa delas aprontei. :)))
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Adoro lugares onde vários povos deixaram suas “pegadas” (amei essa expressão!).
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Obrigada, Bia!
Tou com saudades dos seus posts.
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Que linda!! Acabei de postar textos novos! 🙂 🙂 ❤
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Que estranho, eu não recebi seu novo post. Fui até ao blog e vi q perdi uns 3. Não sei o q se passou. Bem, voltei a clicar em seguir.
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Aconteceu parecido comigo no youtube. Eu seguia um canal e notei que fazia muito tempo que não tinha vídeos novos.. Então quando fui ver tinha vários, e eu segui de novo. Agora está aparecendo normal 🙂
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Cai no pega turista lá também. Otranto foi o primeiro lugar que as crianças viram esqueletos, foi um misto de curiosidade e medo. Se não me engano, parece que já li post seu na Sardenha. Lá é mais bonito ainda?
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Rsrs Identificamos muitos, mas caímos na mesma.
Nós fomos ao Sul da Sardenha, pq o Norte apesar de belíssimo é muito turístico.
É difícil comparar. Em termos de praia é diferente, na Sardenha há mais faixa de praia. Há muitos peixinhos q vem picar o pé. Não vi Jelly Fish.
Na Sardenha sempre estacionar nos pagos. Nada de deixar o carro num canto da estrada q leva multa mesmo.
Não vi “pega turista” por parte dos restaurantes.
Há muitos vendedores nas praias.
O relevo tb é diferente. Há montes, serras,..
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Bom saber, bom fim de semana 🙋🏽♀️
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Quanta história em um só lugar. Belíssimas fotos.
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Obrigada, Gabriel!
Sim, Otranto com sua posição geográfica privilegiada tem muita história para revelar.
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