Polignano a Mare, Volare…

Seguindo com as aventuras no Sul de Itália… Almoçamos em Alberobello e seguimos para Polignano a Mare. Sempre a descer por entre curvas até voltar a estar ao nível do mar.

Chegando à Polignano a Mare deixamos o carro em um amplo estacionamento pago próximo ao centro da cidade. Estava bastante calor e chegando ao centro a prioridade foi ir à um café para beber o que estivesse mais fresco possível.

Já hidratados, então passei a dar as ordens (hahaha): Quero ir até a estátua em homenagem ao grande Domenico Modugno, que escreveu e cantou vários clássicos da música popular italiana, incluindo o enorme sucesso internacional “Volare” (Nel Blu Dipinto di Blu)!

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Domenico Modugno

Então, aconteceu a cena “Vai mãe, vai!”, e eu vou mesmo. Hahaha “Volare oh oh, Cantare oh oh”. Eu e ele, que nasceu aqui.

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“Vai mãe, vai!”. Senti-me uma diva hahahaha

Polignano a Mare que faz jus ao seu nome de origem grega “no mar”. Tiramos fotos belíssimas, que mar de cor tão bela! Que vontade de saltar com roupa e tudo para aquele atraente mar. E por falar em saltar, realiza-se nesta cidade italiana, o campeonato mundial de mergulhos Red Bull Cliff Diving World, que é quando atletas do mundo todo saltam do alto do penhasco da cidade antiga.

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Seguimos para andar pelas ruas da cidade antiga e imagens em forma de rascunho surgiam em portas, placas de contadores de energia, escadas,… Fui observar melhor e era pura poesia. Há um poeta desconhecido em Polignano a Mare, que espalha poesia como se fossem flores. Polignano a Mare é linda por todos os lados.

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Caminhar por entre as ruas da cidade antiga foi muito prazeroso. As casas, os pátios, … convidavam a permanecer por lá por muito mais tempo.

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Polignano a Mare tem uma herança romana que vale a pena ser visitada como os restos da estrada Appia Traiana aberta entre 108 e 110 dC, e ligava Roma à Brindisi passando por Polignano a Mare e fazendo desta um importante centro comercial.

No entanto, as imagens de sua costa era algo imensamente belo. Algo inesquecível. Mais um!

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A visita à Polignano a Mare  foi concluída com um saboroso gelato numa tradicional gelateria situada num largo em frente às portas de entrada para a cidade antiga.

Segue mais um filme que fiz que mostrará ainda mais encantos de Polignano a Mare. Vem comigo! 😉

Até a próxima! 🙂

Um conto de fadas, Alberobello

Era uma vez um dia que decidimos não ir à praia. Decidimos, que a partir de Minervino di Lecce íamos conhecer Alberobello, na parte da manhã, e à tarde, Polignano a Mare. Avistar Alberobello é pensar que encontramos uma aldeia de contos de fada. Senti-me um pouco perdida. Em qual país estava mesmo? 😊 Itália! Será? Andar pelo centro é como uma brincadeira de criança, facilmente o labirinto dos trulli faz-te percorrer muitas e muitas ruas, num sobe e desce.

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Alberobello está acima do nível do mar. Subimos uma estrada sinuosa a partir de Fasano. O seu nome deriva de “Arboris Belli”. Uma aldeia de casinhas brancas com um conjunto de trulli comunicantes e com desenhos nos telhados com os mais diversos significados, sendo o mais comum o de proteção de mau olhado para a família que nele habita. Alberobello está desde 1996 sob a proteção da Unesco pela curiosa arquitetura única de cerca de 1000 trulli.

Trulli é um conjunto de trullo, e este é o telhado com cúpula em forma de cone em pedra calcária, decorado com símbolo religioso, pagão, hebraico ou signos do Zodíaco. As casinhas são moradias, lojas, restaurante, consultório, e até hotel.  O material de construção para as casas caiadas é encontrado na zona rural circundante, onde há muito calcário. O motivo de terem essa forma cônica, pelo que percebi, é que ao construir desta forma com o telhado com pedras planas e soltas, as casas poderiam ser demolidas à medida que os fiscais passassem, e conseguiam escapar aos impostos. Também encontrei a resposta de que esta forma cónica causaria uma melhor proteção climática. No topo do cone está uma pedra angular cuja forma é inspirada em simbologias primitivas ou mágicas, como o Sol.

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Há uma parte nova da cidade (Rione Aia Piccola) com poucos trulli, mas quando você atravessa a via principal onde estão os estacionamentos disponíveis, em direção a Rione Monti, então encontrará uma cidade só de trulli até mesmo uma igreja católica (Igreja de Santo António, 1927). Bem como, o trulli siamês nas escadarias da Via Monte Nero. Há uma lenda que diz que ali viviam dois irmãos que apaixonaram pela mesma mulher, que estava prometida ao mais velho, mas se casou com o mais novo. Por isso, a casa foi dividida com entradas em ruas diferentes.

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Trulli siamês
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Igreja de Santo Antônio construída em 1927

A região onde se encontra Alberobello é muito fértil e caminhando através de suas ruas, então encontrará muitos produtos locais com o azeite e o vinho.

Numa dessas ruas encontrei uma turista de São Paulo, que me fez a pergunta que não gosto de responder: “E pretende voltar a viver no Brasil?” Acho que as pessoas esperam sempre uma resposta negativa ao Brasil acompanhada de um banho de problemas, mas não é esta a resposta que ouvirá de mim. O “não” ou o “talvez” vem com uma resposta surpreendente, que não dá margem a um debate.

E, agora vamos ver as imagens que fiz desta simpática Alberobello. 😉

Aguardem Polignano a Mare! 😉