Corre pelas ruas da literatura que Vergílio Ferreira foi quem melhor compreendeu e escreveu sobre o modo de ser e estar eborense.
Vivi 12 anos em Évora, e não compreendi. Uma das primeiras frases que ouvi sobre a cidade foi: Évora, ama-se ou odeia-se. Depois do susto de ouvi-la. Exercitei o amar e o odiar. Não consegui nem uma coisa nem outra. Retorno, após 5 anos, a este cantinho do Alentejo, de Portugal. Lá lembrei de Florbela Espanca, poetisa alentejana, que viveu pouco tempo, mas intensamente. Arrepiei-me… Évora!
Évora! Ruas ermas sob os céus
Cor de violetas roxas… Ruas frades
Pedindo em triste penitência a Deus
Que nos perdoe as míseras vaidades!
Tenho corrido em vão tantas cidades!
E só aqui recordo os beijos teus,
E só aqui eu sinto que são meus
Os sonhos que sonhei noutras idades!
Évora!… O teu olhar… o teu perfil…
Tua boca sinuosa, um mês de Abril
Que o coração no peito me alvoroça!
…Em cada viela o vulto dum fantasma…
E a minha alma soturna escuta e pasma…
E sente-se passar menina e moça…
– Florbela Espanca











Évora é uma cidade com muitas atrações históricas e culturais. Estas imagens foi uma pequena pincelada diante da pintura que é a cidade.
Até ao próximo post! 😉