Faz tempo que não “coloco” nada no baú. 🙂 Ainda bem que ele é aberto, pois depois de tanto tempo dificilmente saberia onde está a chave ou qual o código de abertura. :)))
Hoje foi o reinício do ano letivo na Bélgica. Ontem, recebi pelo aplicativo da escola, uma mensagem direcionada aos pais e estudantes escrita por um dos diretores da escola dos meus filhos, “os melhores desejos”.
Curioso! A mensagem, em holandês, iniciava com uma citação de um trecho do livro As Valkírias, do escritor brasileiro Paulo Coelho. Pode não ser o melhor representante da literatura brasileira, mas a verdade, a minha verdade, é que faz tempo que não me emonciono por ser brasileira. E, já peço desculpas, se ofendo algum nacionalista.
” O mundo está nas mãos daqueles que têm a coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos“. De Paulo Coelho, As Valkírias, 2010.
Por vezes, há coisas na Bélgica difíceis de compreender e que são resolvidas com simplicidade.
A Bélgica está sem governo, novamente, há meses, mas tudo funciona dentro da normalidade. Estamos sobre auto-gestão, no entanto cada instituição sabe o seu dever.
Aqui está outro exemplo de uma solução simples. O motivo não sei. A verdade é que existe uma rua, cujo nome é Sem Nome. Rua Sem Nome (Zonder -Naam Straat), em Gent.
Na cidade de Sint-Niklaas, Bélgica, um interessante trabalho de arte de rua intitulado “Não veja mais apenas caixas de eletricidade” veio trazer mais leveza e alegria às ruas.
São 20 caixas de eletricidade na cidade, que receberam ilustrações de artistas nacionais e internacionais.
De 23 de fevereiro à 3 de março/2019 foi comemorado na região flamenga da Bélgica, a semana dos voluntáriosB. Uma campanha annual que visa sensibilizar as pessoas para o trabalho voluntário.
Um dos modelos da campanha deste ano foi o nosso Raphael (16) que iniciou desde setembro passado o voluntariado na instituição Bonangana auxiliando crianças do 5º e 6º ano da escola primária com suas tarefas da escola para casa. A maioria das crianças são estrangeiras ou de pais estrangeiros. Já somos 3 em casa a fazer voluntariado.
Chega um momento que não podemos esperar apenas pelo Estado, precisamos “arregaçar as mangas” e doar algum tempo pela sociedade, pela natureza, para o bem da humanidade, e para o nosso próprio bem. Não quero com essas palavras sugerir uma atitude passiva em relação ao Estado. Não mesmo!
O último trimestre de 2018 estive a fazer o terceiro módulo (intensivo) de holandês em Antuérpia.
As aulas começavam às 9hs e terminavam às 12:30hs, durante 3 dias na semana. Foram 3 meses de exigência mental e física.
Para chegar à Universidade de Antuérpia, eu fazia 15 min de bicicleta, 35 min de trem e 20 min à pé. Quando chegava à estação central de Antuérpia, o meu olhar era para a bela fachada interior da estação. Um dia esteve um belo dia de sol e tirei esta foto.
Para retornar à casa, o mesmo itinerário. O que valia eram paisagens como foto abaixo para me dar coragem e força.
Chegou Dezembro. Em uma das manhã do início de Dezembro estava este tradicional papai Noel que fazia a diversão dos turistas.
Resolvi que não farei mais cursos. Tentarei criar o meu próprio método de estudo, priorizado no ouvir e falar. Aceito sugestões! 😉
Era uma vez mais um dia de céu cinzento na Bélgica. Era o outono. Resolvi espantar aquele clima de tédio e ir até ao shopping que fica perto de casa. Ganhei o dia! Estavam no shopping alguns stands com informações diversas para a terceira idade. A música que invadia o shopping chamou-me a atenção. Segui o som e olha o espetáculo que encontrei… Lindas miúdas do “Dance Ladies”.
E cheguei ao mês de outubro. Chegou o dia do 2º turno da eleição presidencial do Brasil, e desloquei-me até Bruxelas, sem saber da mudança de trânsito na cidade devido a Maratona e Meia Maratona da cidade.
Consegui estacionar bem em frente ao local de cotação que estava sem filas, exceto para ir ao toilette. Quando Quando saí do prédio, uma agradável surpresa! A maratona passava onde estacionei o carro, na Avenue Louise.
Foi a primeira vez que vi uma prova de atletismo, e no caso, a Maratona. Eu fiquei emocionada por ver exemplos claros de superação em pleno frio de outono. Senti-me pequena diante de tanta grandeza.
Voltando a conhecer a Bélgica, estivemos em Tournai (em francês) ou Doornik (em holandês) que fica situada na região da Valônia. O francês é a língua predominante.
Aproveitamos um sábado ensolarado de Setembro, e com uma brisa fresca que avisava a aproximação de tempos frios. Deixamos o carro estacionado na margem do rio Schelder e caminhamos em direção ao centro sem pressa.
Avistamos uma feira de brinquedos e livros, em segunda mão, organizada por populares e chegamos à Grand Place, que é toda ela de arquitetura flamenga com muitos bares e restaurantes.
Caminhando, descobrimos que Tournai já foi um importante centro administrativo e militar do Império Romano, e com a queda do Império passou por mãos dos ingleses, seguido dos holandeses, e franceses, até que passou a fazer parte da Bélgica com a independência do Reino da Bélgica em 1830.
catedral de Notre Dame
catedral e palácio episcopal
Durante a Segunda Guerra Mundial foi gravemente bombardeada até que tornou-se a primeira cidade da Bélgica a ficar livre dos nazis. A torre do Sino (Beffroi), onde se encontra a placa comemorativa da libertação, é o mais antigo da Bélgica, e foi construído quando estava a cidade sob domínio francês.
Em vários pontos da cidade encontramos esculturas metálicas de guildas profissionais. Aproveitei para algumas fotos de impacto. 🙂
Guilda
Quando fomos almoçar encontrei esta importante mensagem sobre a mesa. Vale para você também que me acompanha! 😉
Há algo, em alguns carros com matrícula belga, que não tenho conhecimento que exista em outros países. Já havia visto apenas em carros de autoridades. São as placas personalizadas. Um verdadeiro sucesso!
Imagem Google
Em 2015 foram emitidas 5846 novas placas personalizadas que refletiram a imaginação e personalidade dos seus condutores. Ressalto que na Bélgica, cada matrícula do carro corresponde ao condutor, e não ao carro. Se a pessoa adquire um novo carro, este recebe a placa do anterior veículo, caso anteriormente tenha tido um carro.
Para ter a matrícula personalizada o condutor paga, atualmente, o montante de 2000€. Pensou-se em acabar com a personalização devido a problemas de identificação quando os veículos cruzam as portagens, mas a solução passou pelo investimento em câmeras inteligentes. Afinal, as regras são para todos, e por questão de justiça, você pode comprar uma placa personalizada por razões pessoais, mas não comprá-la sem impunidade.
Aqui vão alguns exemplos de placas personalizadas na Bélgica: O casal HAHAHA e HIHIHI, OPA-AUTO (carro do avô), VRRROEM (isso mesmo o som ao acelerar!), GINTONIC, ABBA, NR-PLAAT, MOHAMED, T0, KLARA, CR, BATMAN-1, ZORRO, MAMAN, CATCH-ME, BOOOB, VIP, KAFKA, SPIDER, SIM-O-NE, CAYMAN, 00000000, FACEBOOK, OOSTENDE, NICOLE, XXX XXX, FUK-007, DRAGON, 999-CFQ, 9-SEX-069, PUNJABI, METALLICA, GODZILLA, 1, PETER-B, THE-END, H, IMAGINE, U-2, FORD-T, VVVVVV, AUDI, HAHA-AMG, CORPORAL, POLICE, 9-COOOL, F1, ALLES MAG (vale tudo ou tudo pode), MORGAN-6, OPTIMISM, SMILE MU, WIN!, AMOUR, MR_BEAN, AUTOFANS, VESPA.
E agora, qual seria a sua placa? Nem quero imaginar em vossa criatividade! 🙂 Limite de 8 dígitos.
Bem, a minha seria ZIKA-MUG. Assim, todos iam querer circular bem longe de mim, e ainda melhor, seria fácil de estacionar. rsrsrs A verdade é que nem sei se gostaria de ter uma, e sem falar na dificuldade em escolher um nome.
O ano de 2016 é ainda uma criança, e os números gerais sobre 2015 vão surgindo aos poucos. Alguns dados são reais e incontestáveis, e outros nem por isso.
Sendo assim, resolvi mostrar no blog os números divulgados sobre a escolha dos belgas para o destino de férias. Você pode pensar: mais o que isso me interessa se não vivo na Bélgica, nem tenho nacionalidade belga?
Eu penso que seja importante à medida que posso responder com outras perguntas: Por que destinos lusófonos não estão entre os preferidos dos belgas ? O que o governo destes países e a própria sociedade tem feito para alavancar o turismo ? Claro, pensar na(s) resposta(s) sem considerar a epidemia atual dos mosquitos. Afinal, não é de pouco tempo que a escolha tem sido Espanha.
Os belgas constituem uma parcela interessante para o turismo, visto que são pessoas com bom poder aquisitivo, que gostam de viajar, falam fluentemente pelo menos dois idiomas, apreciam culinária, enfim…
A verdade é que em 2015 preferiram Espanha, com destaque para Málaga, Barcelona e Alicante. Houve também um aumento de férias para Itália, em particular, para Verona. Fora da Europa, o destino preferido foi a América do Norte, e os menos populares foram os destinos para Escandinávia, Oslo e Estocolmo, em particular.