O cemitério militar português da Primeira Guerra Mundial “é um lugar único em França.” Situado em Neuve-Chapelle, próximo ao cemitério indiano que está sob os cuidados da Commonwealth War Graves Commission (CWGC).
“O terreno foi adquirido em Agosto de 1924. De 1924 a 1938, a comissão das sepulturas de guerra reúne 1831 corpos provenientes de França, Bélgica e Alemanha.”
“Em 1935, o muro, a porta monumental e os túmulos são construídos com materiais importados de Portugal.”
“O cemitério é protegido como Monumento Histórico desde 2017.”
“A capela de Nossa Senhora de Fátima foi construída em 1976, em frente ao cemitério, em homenagem aos soldados que sofreram com a ofensiva alemã de Abril de 1918.”
Estava muito vento, mas foi possível fazer um curto filme.
Até ao próximo post!
P.S.: Em aspas são transcrições de partes de vários textos que se encontram ao longo do muro do cemitério.
O cemitério Tyne Cot em Zonnebeke (Bélgica), próximo a Ieper (aqui), é o maior cemitério britânico e das ex-colônias inglesas no mundo, “Commonwealth War Graves Commission” (CWGC). Estão sepultados 12000 mil soldados da Primeira Guerra Mundial. Mais de 8300 soldados nunca foram identificados. Eles morreram em batalhas em torno da cidade de Ieper (Bélgica) entre 1914 e 1918, mas a maioria deles perderam a vida na 3a. Batalha de Ieper ou Batalha de Passendale, em 1917.
No monumento que se encontra no cemitério Tyne Cot estão gravados os nomes de 35 mil soldados britânicos e neozelandêses que morreram, quase todos, entre agosto de 1917 e novembro de 1918, e que não se conhece onde ficaram sepultados no campo de batalha.
Os túmulos pertences a soldados judeus possuem sobre a lápide algumas pedrinhas, uma tradição judaica.
Dos 205 mil soldados do Reino Britânico na Primeira Guerra Mundial que foram recordados na Bélgica, aproximadamente metade não foi conhecido o local de sepultamento. Os corpos deles nunca foram achados ou identificados. Muitos deles têm escrito na campa “Known Unto God“.
Em alguns túmlos estão sepultados mais de um corpo.
6 corpos sepultados
Não podemos esquecê-los! Não podemos deixar que volte a acontecer!
Papoilas (simbólicas) que surgiram sob o campo de batalha
O nosso filho mais novo, Miguel, já tinha estado neste museu com a escola. Ele é um grande conhecedor da história da Primeira Guerra Mundial, ainda mais com a idade que tem, 11 anos. Ele foi o nosso guia. Indicou-nos a bilheteira e como utilizar uma pulseira que recebemos para dar acesso às salas de exposição e para ter acesso a dispositivos interativos que há ao longo de todo o museu. Você tem a opção de comprar com ou sem a subida à torre. Optamos pelo bilhete família com a subida da torre. Foi de lá que tirei algumas belas fotos mostradas no post anterior e o filme que fiz. Não me relaciono bem com as alturas, mas valeu a pena o esforço de chegar ao top com o coração quase a sair pela boca. Pelo caminho da subida e descida, tivemos sorte de ver um belo espetáculo de sinos.
O museu é muito moderno e interativo. E mostra muito do que foi um dos conflitos mais devastadores da história. As últimas testemunhas do conflito já faleceram. A exposição confronta o visitante com as consequências de uma Grande Guerra. Enquanto estive lá dentro pensei muito no esforço e na pressão que devemos fazer sobre os líderes para que este evento não volte a ocorrer. Parece que não aprendemos com a historia que se repete. Olhava para aqueles rostos, muito deles tão jovens, seus objetos pessoais, recordações da juventude, e não parava de me perguntar: Para que? Por que não foi evitada?
A exposição tem projeção de vídeos, clipes de som e aplicativos multimédia. A pulseira que recebemos na entrada tem uma papoula. A papoula está na exposição e em outros cantos da cidade, simboliza os seus heróis mortos, isto porque depois do fim dos combates surgiram muitas papoulas na planície. Ao longo da exposição há alguns lugares para se sentar, assim você pode não só descansar, como pesquisar e refletir sobre tudo que se passou.
Particularmente, chamou-me atenção todo o pesado vestuário de inverno, os objetos pessoais e as fotos das várias cirurgias faciais, que estavam no teto, num canto escuro.
Para você que chega agora ao blog, Ieper é conhecida por ter sido lá que os alemães utilizaram, pela primeira vez, um gás vesicante que causa lesões na pele, que recebeu um nome em alusão a esta cidade. O gás iperita, mais conhecido como gás mostarda.
No fim da exposição há um café com uma área bastante longa onde você pode desfrutar de alguma apresentação musical. Logo a seguir, encontra-se uma loja para compra de vários artigos relacionados com a Primeira Guerra Mundial e com a cidade de Ieper.
Ao redor da cidade há vários cemitérios de guerra e trincheiras. Neste passeio não fomos conhecê-los, mas o Miguel foi, e você pode ver (aqui) as imagens e vídeos, ou no canal do YouTuBeO Miau do Leão.
Cartazes durante a Guerra em várias línguasFilmes curtos sobre a Guerra em várias cidades belgasVestuário de várias nações na Guerra, incluindo o Império Otamano
Cenas em combate com equipamentos utilizadosAnimais foram utilizados em combate
Equipamento médicoMais equipamento médico. A aspirina era um dos medicamentos.Vídeo e exposição de máscaras devido o gás mostardaVários vídeos sobre a geografia da GuerraPausa na exposição para subir a torreNa descida da torre, um show. Ver vídeo abaixo.Cenas da GuerraO cão também esteve em batalhaMaquetes. Havia vida subterrânea, mas era difícil por estar quase sempre alagadoArmas e utensílios encontradosInstrumentos musicais da épocaMaquete mostrando o campo de batalhaObjetos dos OtomanosPrimeiras cirurgias faciais devido a GuerraObjetos pessoais de um combatenteEquipamento dos americanosPara as diversas religiões dos combatentesEsqueleto de animais em combateImagem de parte de um agrupamentoExposição de vários chapéusLoja no final da exposição para compra de livros e recordações
Até o próximo post sobre o passeio até a cidade de Ieper.
Hoje, o Miau do Leão tem um Guest Post, e é o meu filho Miguel, de 11 anos. Ele adora História, e recentemente foi com sua escola SJKS (Bélgica) à cidade de Ieper, na Bélgica.
Num dia de Sol fui em visita com a minha turma do 6º ano à cidade Ieper. Ieper é muito conhecida devido à sua história na Primeira Guerra Mundial. Inicialmente, vamos contar como é que a Primeira Guerra começou. Em 1914, no Império Austro-húngaro, na cidade de Sarajevo, na Bósnia. O líder do Império foi visitar a cidade. Dois estudantes sérvios decidiram matar o líder Frans Ferdinand. Um deles atira uma bomba, mas não acertou o carro do líder, mas sim um outro carro de oficiais. O líder foi ao hospital para visitar os oficiais magoados e quando retornou fez uma curva errada e foi atingido pelo segundo terrorista. O Império Austro-húngaro ficou muito zangado com a Sérvia e enviou uma lista de sanções. A Sérvia não aceitou e o Império Austro-húngaro declarou guerra à Sérvia. O Império Austro-húngaro é amigo do Império Alemão. E a Sérvia, da Rússia. E a Rússia, da França. E a Inglaterra, amiga da França, mas entrou na guerra após alguns meses.
A Alemanha tinha um plano. Passar a trincheira entre a Alemanha e a França, mas a França tinha muitos forts na fronteira entre os dois países. Então, decidiram ir pela Bélgica, a escolha terrível! Porque queriam passar mais de 750 mil tropas para pegar Paris, mas a Bélgica disse que não podiam passar. Assim, a Alemanha declarou guerra à Bélgica. E a Bélgica era bastante forte, lutaram e atrasaram os alemães. A Inglaterra ficou zangada com a Alemanha por atacar um país pequeno como a Bélgica. E, a Inglaterra ajudou os belgas, a Batalha de Leuven. E, aqui é que começa a Bélgica a entrar na história da Primeira Guerra Mundial.
Os cidadãos belgas estavam a fugir apara a Holanda, que era neutra. E, os alemães não queriam isso. Então, construíram um muro de fios elétricos para as pessoas não passarem. E, haviam pessoas especializadas a passar a fronteira para enviar correspondências militares.
Na Primeira Guerra Mundial, a forma de lutar mudou. Antes, a cavalaria era boa. Na Primeira Guerra isso mudou, porque haviam metralhadoras que matavam uma cavalaria em poucos minutos. Então, usavam cavalos para puxar canhões.
Fomos a um museu chamado Flandes Field que contém uniformes, armas e muitas informações. Depois fomos ao cemitério dos ingleses, Tyne Cot. Este cemitério é muito grande com pedras brancas e uma cruz grande no meio com uma espada preta. Depois fomos a um cemitério alemão chamado Vladslo, em que em cada pedra deitada há em volta de trinta nomes e o cemitério é muito escuro com duas estátuas a mostrar que os alemães também tinham amor.
Em 1915, as tropas da Alemanha empurraram as tropas belgas até Ieper e a Bélgica tinha que fazer algo para se proteger. Abriu a barragem do rio Ijzer para transbordar os campos onde estavam os alemães. E, os alemães que estavam antes em Ieper usaram pela primeira vez o gás tóxico Iperite que queima a pele.
Depois fomos visitar a trincheira dos belgas ao lado do rio Ijzer, que não estava feita com material real da Primeira Guerra, mas com cimento.
E, assim, terminou a nossa visita de estudos.
Chegada à IeperVestuário alemãoCanhãoMetralhadoraMetralhadoraTank gewehrMorteiroPistolaPistola e utensíliosMedalhasMedalhasBala de artilhariaRoupas dos inglesesMenepoorteSoldados Ingleses que morreramAo lado da MenepoortMedalhaCemitério inglês Tyne CotCemitério inglês Tyne CotCemitério inglês Tyne CotCemitério alemão VladsloCemitério alemão Vladslo