E cheguei ao início dessa aventura que venho contando de trás para frente: República Tcheca.
Conhecer Praga estava carregado de muita expectativa. Praga é bela e misteriosa. Serão alguns posts sobre essa enigmática cidade.
Os primeiros momentos foram passados num extenso parque numa das colinas da cidade. Avistamos pessoas aglomeradas para verem alguns veículos militares russos que foram capturados pelos ucranianos e o telão exibia um filme de incentivo ao povo ucraniano. Nos prédios à volta avistava-se bandeiras da Ucrânia. A República Tcheca tem enviado equipamentos militares para Ucrânia em colaboração com também a Polônia e EUA. Apesar da animação no telão, o clima dos que observavam todo aparato não era de alegria. Eu pensava nas vidas jovens perdidas, no pai, no marido, e pensava também em alguns filmes de guerra que tinha assistido, assim eu não quis explorar muito a exposição. Filmei um pouco do vídeo que era passado no telão.
Comecei por contar a história de trás para frente. E assim começou num lago austríaco, Attersee, passou por Bratislava, e agora chegou a vez da Polônia.
Estar não muito longe de um novo país foi uma tentação. E eu amo estar em contato com a Natureza, longe dos prédios, e apesar de reclamar durante quase todo o trajeto, a verdade é que eu gosto de desafiar os limites do meu corpo e mente. Estou sempre a dizer que nunca mais esse esforço, e lá estou em nova aventura desafiadora.
A vez foi subir até ao topo do Parque Nacional Karkonoski, em polonês (polaco) é Karkonoski Park Narodowy. Este parque localiza-se no Sudoeste da Polônia e faz fronteira com a República Tcheca.
O Parque possui várias trilhas, e até é possível chegar ao topo utilizando teleférico. Escolhemos sofrer, mas aproveitar a proximidade de toda a beleza e estar mais próximos dos nativos escutando os seus diálogos, e trocar algumas frases simples.
A caminhada começa na simpática aldeia de Szklarska Poręba. O parque também é procurado no inverno para esquiar. Logo avistamos vários conjuntos rochosos, e entramos na Natureza.
A beleza do verde associado a água que procurava o seu caminho convidava-nos a ir em frente em busca da cachoeira. Antes passamos por uma pequena feira com alimentos típicos. Os preços estavam em Zloty, a moeda do país. Os nativos compravam queijo fumado. Decidimos que na descida íamos comprar, mas infelizmente a feira havia terminado. Acabamos por provar o queijo na aldeia ao pé do parque, mas devido a um problema de comunicação o queijo não foi servido quente.
As fotos não mostram muito do caminho, mas o filme que fiz mostrará um pouco mais. No topo havia uma marcação a indicar o limite com a República Tcheca (P e C), então aproveitamos para tirar fotos com um pé num país e outro.
Antes de ver o filme, chega o momento de conhecer a culinária local. Pedimos dois tipos de Pierogi, o Pierogi Z Mięsem e o Pierogi Ruskie. Esse popular prato polonês parece com raviolis recheados. E há diversos recheios entre salgados e doces. A jovem que nos atendeu estava um pouco envergonhada e, ao mesmo tempo, orgulhosa em praticar o seu inglês.
Bratislava além dos seus prédios com arquitetura diversa (ver aqui) também tem o humor espalhado por suas ruas e praças em forma de arte.
Ao lado do castelo da cidade estava essa obra de arte. Deixo a interpretação com vocês.
No centro turístico da cidade há um conjunto de três obras de arte que são motivo para fotos com boa disposição.
A primeira é o soldado de Napoleão que chegou à cidade em 1805, e ficou por lá após se apaixonar por uma eslovaca. A segunda é o louco, e dizem que este senhor foi abandonado pela noiva no dia do casamento.
A terceira fica na esquina de um cruzamento (ruas Laurinská e Panská), e dizem ser uma crítica ao regime que estava em vigor entre 1948 e 1989, mas também há outra versão, que eu penso ser mais realista, ou seja, na verdade é um trabalhador no momento de sua pausa e observando as pernas das eslovacas. Penso ser a mais realista devido a fisionomia. E ainda há a lenda que ao tocar em sua cabeça terá um desejado realizado.
Vai se andando pelas ruas da capital da Eslováquia e surpreende-se com esses guardas chuvas trazendo alguma sombra e alegria.
Passa quase despercebido esse conjunto de peças de Lego decorando um canto da parede ao lado de uma porta repleta de adesivos.
Chega o momento de conhecer a culinária eslovaca. O prato mais conhecido para os turistas é o bryndzové halušky. É uma espécie de nhoque com molho de queijo de cabra e bacon. É um prato de sabor forte, mas eu amo queijo. 🙂 E para beber o refrigerante tcheco Kofola, que tem vestígios de especiarias, uma resposta do Leste à famosa marca americana.
Para finalizar apresento o filme que sempre faço. Desta vez chamo atenção para as cenas do interior de um restaurante.
Ainda faz-me um pouco de confusão todos os países que surgiram e desapareceram nos anos 90. No entanto, ao visitá-los consigo perceber os seus motivos. Haviam diferenças suficientes para não continuarem como uma unidade.
É o caso da antiga Tchecoslováquia. Neste post trago a Eslováquia através de sua capital Bratislava.
Foi uma agradável surpresa. A vida parece mais calma e de modo mais simples nesta metade da antiga formação. Em Bratislava não há a agitação frenética do turismo que há em Praga, por exemplo.
O que mais chamou-me a atenção foram os prédios. Há uma mistura de estilos, que vai do exótico ao clássico.
Começo com a arquitetura desse hotel que parece ter inspiração em Salvador Dalí.
Que se opõe ao clássico do palácio presidencial e do castelo de Bratislava com seu bem cuidado jardim, e ainda o prédio do teatro nacional.
Do castelo dá para se avistar a ponte UFO que fez-me lembrar o filme Guerra dos Mundos.
Caminhando pelo jardim externo do palácio dá para se ter uma vista geral de Bratislava. Foi quando avistei uma ilusão de ótica, ou melhor, um prédio.
Descendo em direção ao centro da cidade ainda mais uma vista da ponte UFO.
Chegar ao centro e avistar algumas igrejas, destacando-se a igreja azul.
Chega o momento de ir ao encontro do Danúbio para descanso e reflexão, mas admirar o moderno nesta miscelânea arquitetônica que Bratislava apresenta.
Vou começar a contar uma história de trás para frente. E começa assim em Attersee, na Áustria.
Essa foi a primeira vez que realmente nadei num lago na Europa. Apesar de verão a água era fria, o jeito era saltar de vez para dentro, assim era suportável e o corpo logo se acostumava. A verdade é que eu gostei muito da experiência, nada de sal no corpo, nem areia nos pés. Uma linda paisagem à volta e com direito a desfile de cisnes e patos num lago de água clara.
O lago Attersee foi um ponto de encontro para várias divisões alemãs durante a Segunda Grande Guerra, no recuo durante o cerco a Budapeste. Hoje é um importante espaço de lazer para os austríacos.
O Miau do Leão 