E chegou a vez de falar sobre a viagem ao Nordeste do Brasil, a terra onde nasci e vivi muitos anos. É difícil ver os defeitos e falar das virtudes. Estive 7 anos atrás, e parece que nada mudou. Não há preocupação pelo bem comum, nada de efetivo se fez pelo bem comum ao longo destes anos. Por favor, não tenho candidato à presidência, muito menos partido político. Vou logo avisando. Fiquei pasma a encontrar um país dividido em dois grupos, os coxinhas e os mortadelas. Dá até vontade de rir, mas é triste. Ora eu abria a boca e levava o carimbo de coxinha; ora eu abria a boca e levava o carimbo de mortadela. A verdade é que não reconheci o meu país. Não quero reconhecer como meu país, um país que agride mulheres dentro de um ônibus no centro de uma grande cidade. Não quero reconhecer como meu país, um país que levanta bandeiras de intolerância e racismo. O Brasil, quem diria, tornou-se assumidamente, racista. Quem no Brasil pode dizer que é totalmente branco ? Politicamente, as mesmas figuras de sempre na hierarquia política, e o povo parece que vai voltar a dar crédito aos mesmos de sempre, que nada fizeram pelo bem comum do povo brasileiro. Sem falar que vivendo tantos anos no estrangeiro sou obrigada a ir votar!
Bem, mas escolhi falar neste primeiro post do Brasil sobre algumas virtudes da natureza que ainda encontrei. De todas elas, a que mais gostei foi de rever um “soldadinho” dos tempos de infância que eu ia pegar no “pé de carambola”. Eu também revi a carambola que estava ácida que nem sei o que, mas continua linda como uma estrela. Os sabores do Brasil que ainda não encontrei na Bélgica: a tapioca de todo jeito, a pamonha tradicional na palha, as frutas tropicais; queijo coalho e o milho vendidos na praia sem fiscalização, os coquéteis no abacaxi com alcool ou sem alcool na praia, não esquecer da raspadinha na praia, e dos animais à solta na praia. E a dona maria farinha também deu seu o ar da graça. Este sim, é o Brasil que reconheço.
Aguardem os posts sobre as praias.
Tot ziens! 😉