Caminhada e Geocaching II

Quando fiz uma das últimas caminhadas e iniciei a atividade de Geocaching foi também um momento de outras novas descobertas.

No caminho estava essa original casa para as abelhas.

Mais adiante avistei uma capela que foi construída em 1632. Em sua parede havia uma placa que dizia que próximo dali foi encontrada uma cruz milagrosa em 1317. Antes de morar na Bélgica, eu não imaginava o quanto o passado deste país era ligado a religião católica. Muitas pequenas cidades tem nome de santos ou termina com a palavra “kerk” que significa igreja.

A casa para as abelhas e a capela estão localizadas sobre uma reserva natural que teve uma linha de defesa militar entre 1701 e 1702, quando tropas francesas tentavam se proteger dos ataques holandeses.

Fiquei a pensar nessas informações e refleti sobre o quanto aos nossos passos pisam sobre momentos históricos.

Agradeço a sua leitura e até ao próximo post!

O cinema de Ozu

Foi ao ler o livro A Elegância do Ouriço, de Muriel Barbery (aqui) que tomei contato com o nome do diretor de cinema japonês Yasujiro Ozu. Um dos maiores nomes do cinema japonês.

Fiquei curiosa e escolhi ver o filme O Filho Único (1936) seu primeiro filme sonoro e gostei muito. Aliás, todas as citações que estão no livro de Barbery, que foi muito especial para mim, são para serem seguidas.

Ozu gostava muito de filmar na posição de tatami e os seus filmes tinham como tema principal os dramas familiares.

Em O Filho Único numa das primeiras cenas surge a frase “A tragédia da vida começa na relação entre pais e filhos“, Ryunosuke Akutagawa (escritor japonês).

O filme é em preto e branco, poucos diálogos. Há no filme toda uma leveza que é apaixonante. A relação entre uma mãe viúva e o seu filho único que partirá para Tóquio a fim de estudar e ser um grande homem como é o desejo da mãe trabalhadora que não mede esforços.

Acho que não ficarei só nesse filme de Ozu. Espero conseguir ver outros. O Filho Único conseguirá vê-lo no YouTuBe com legenda em português (aqui).

Para este post eu trago um curto filme sobre seus filmes. Espero que gostem.

Agradeço sua leitura e até ao próximo post!

Caminhada e Geocaching

A caminhada do sábado pela manhã voltou a ser em Lokeren, uma cidade que fica não muito longe de onde vivo. 
Foi a vez de percorrer uma boa parte do parque reserva natural de Linie, em Eksaarde, Lokeren

Desta vez, propus ao nosso pequeno grupo um novo desafio, a prática do Geocaching. 
Geocaching é um passatempo e para alguns é mesmo um desporto ao ar livre que nos faz caminhar e caminhar para achar uma geocache através da utilização de gps e registrá-la. E isso em qualquer parte do mundo.

Eu imagino que você, meu leitor, vai a correr para instalar o aplicativo e procurar por geocaches em sua vizinhança. 🙂
Eu estava há muito tempo querendo praticar essa atividade e hoje encontrei a minha primeira geocache. 
Ao voltar à minha cidade, Sint-Niklaas, fui ao encontro de outra e no centro da cidade!

Primeira Geocache:
Na imagem abaixo, você vai ver as geocaches em verde e a que achamos, registrei a descoberta no aplicativo, e ela tornou-se na cor amarelo.

A geocache estava escondida atrás de um tronco partido. Dentro estava um pequenino bloco com os nomes e datas daqueles que a encontrou.

A segunda geocache foi mais difícil de achá-la. Eu vasculhei toda a estátua, mas ela estava atrás de uma grade, colada com um imã.

A última descoberta desta geocache deu-se exatamente a um ano atrás. 🙂

Foi uma manhã divertida como se voltássemos a ser criança à  busca de um tesouro.

Agradeço a sua leitura e até ao próximo post!

Ação Damiaan na Bélgica

A leitura do post do Estevam (aqui) inspirou-me a escrever este post.

Durante o mês de Fevereiro também na Bélgica temos a campanha do padre Damião (Damiaan actie) para ajudar a combater a lepra e outras doenças infecciosas nos países chamados do Terceiro Mundo. A campanha faz-se com a compra dessas canetas nas escolas.

Em Outubro passado visitei o túmulo do padre Damião, que se encontra numa capela na Sint-Antoniusberg, 5 – Leuven.

O padre ‘Damiaan” nasceu em 3 de Janeiro de 1840 como Jozef de Veuster em Tremelo, um vilarejo próximo a Leuven, Bélgica. Sétimo filho de oito filhos de um casal de fazendeiros.

A mãe do pequeno Damiaan gostava de ler aos filhos sobre a vida dos santos e pregadores que foram para terras distantes e mártires que deram suas vidas por sua fé. Esses foram os primeiros heróis de Damião.

Era um amante do silêncio e da reclusão, pensou em se tornar um monge trapista. Foi ao estudar com os Padres dos Sagrados Corações que tomou o nome monástico de Damiaan.

Partiu para Molokai no Havaí com a missão de cuidar dos doentes de lepra e outras doenças infecciosas. Naquela época pensava-se ser a lepra um estado avançado da sífilis. Alguns grupos no Havaí estavam convencidos de que as pessoas que contraíram lepra estavam sendo punidas por seus pecados 

Em Novembro de 1884, Damiaan foi diagnosticado com lepra, mas continuou a trabalhar na comunidade de leprosos até 15 dias antes de sua morte.

Ainda hoje algumas comunidades lutam no combate à Hanseníase, também conhecida como lepra ou Mal de Lázaro. Daí, a importância dessa campanha.

Agradeço sua leitura e até ao próximo post!