A beleza na simplicidade

Por todos os caminhos que andei na região do Alto Minho encontrei esta flor que com sua simplicidade alegrava a trilha. Seu nome é açafrão-bravo (crocus serotinus).
Esta espécie surge durante as primeiras chuvas do Outono Ibérico em terrenos secos e pedregosos.
Sem dúvida, a felicidade está na beleza das pequenas coisas.

açafrão-bravo
açafrão-bravo
açafrão-bravo

Até ao próximo post!

As belezas do outono

O outono é uma estação, que para mim é difícil de ser ultrapassada. Eu passo a estação desejando uma rápida aproximação do dia 21 de dezembro. Com o inverno já consigo me entender. 🙂

Mesmo assim, não posso deixar de reconhecer algumas belezas desta estação. Estas imagens são do meu quintal. Ao tirar as fotos pensei na teoria do caos. Qual terá sido a mudança, talvez até pequenina, no início do evento de formação desses cogumelos geométricos que gerou essas formações ? Quanto às folhas deixei de apanhá-las, e passei a esperar que o vento decida onde quer deixá-las, pelo menos enquanto dure o outono. 🙂

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Até ao pŕóximo post! 😉

Florzinha da Páscoa

Durante a semana do Carnaval temos férias escolares na Bélgica, mas não é chamada de férias de Carnaval. Esta semana de férias é chamada de Krokusvakantie, uma homenagem à primeira flor que surge antes da primavera, a Krokus. E que eu já falei aqui.

Este ano observei que outra flor também surge na mesma época, e é conhecida pelo popular nome de Paasbloemtje (florzinha da Páscoa). Ela é a nossa conhecida Narciso amarelo (Narcissus).

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“Sejamos como a primavera que renasce cada dia mais bela… Exatamente porque nunca são as mesmas flores”. Clarice Lispector

A gaivota

Durante esta semana que está terminando, retornamos à praia. Fomos, novamente, à praia que falei no post Uma Praia na Holanda. Ir à praia faz-nos muito bem. É preciso encher a “bateria” de vitamina d para enfrentar o Outono e Inverno. Se bem que tenho muito mais dificuldade em atravessar o Outono do que o Inverno. É algo que já começa a mexer comigo.

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Chegando à praia, de frente para o mar, vi esta cena (foto). Não resisti e resolvi partilhá-la convosco. Eu gosto muito de observar as aves, e a gaivota é uma das minhas preferidas. Tenho fotos de gaivotas em Haia, em Lisboa, em Londres, … Eu não posso ver uma gaivota! Rsrsrsrs

Ao chegar à casa e observar melhor a foto, lembrei de uma música da fadista do povo Amália Rodrigues, e que em 2009 foi relançada em versão pop, pelo grupo português The Gift. É um grupo que gosto muito de ouvir, que canta com mais frequência em inglês, mas para homenagear a querida Amália tinha que cantar em português. 😊

Vai neste post a versão pop e a original de “A Gaivota”.

Versão pop:

 

Versão original:

Até ao próximo post! 😉

100 dias para as Olimpíadas no Rio

Já falta pouco menos de 100 dias para as Olimpíadas no Rio, apesar de todas as dificuldades que o Brasil enfrenta. E, agora pergunto-me: … e será que houve algum período sem dificuldade na história do Brasil ? Bem, a festa vai acontecer ! Tanto que desejei viver esta festa no Brasil quando criança, mas era um sonho distante. Afinal, deixou de ser sonho, mas hoje estou tão longe e com uma vida que não me permitirá nem ver a tocha olímpica a passar por minha cidade natal. Vou continuar a ver por uma televisão, mas torcendo como sempre.

Li uma notícia hoje que diz “A 100 dias dos Jogos o mundo se pinta com as cores do Brasil”. 100 e o mundo! O 100 é muito especial em algumas partes do mundo. Aqui, na região flamenga da Bélgica, os estudantes, fantasiados, fazem uma grande festa quando faltam 100 dias para o início das férias, em especial, os que vão seguir para a universidade, ou não.

Mais o que me traz aqui nesse dia 100 é uma crónica do José Saramago, “Só para gente de paz”, do livro A Bagagem do Viajante, que fala dos Jogos Olímpicos. Uma crónica que pareceu ter sido fruto das circunstâncias de quem é cronista de jornal, e então ele opta por falar nas “banais convenções humanas” presentes na história dos Jogos. Daí, surge um texto que é o espelho da ironia com sabedoria do autor. Ler Saramago não é tarefa fácil. Antes, respiro fundo para concentrar-me apenas nas palavras, na escrita. Desprendo-me da pessoa e dos rótulos atribuídos. Assim, consigo apreciar os seus jogos de palavras que combinam em frases de ironia, em tom de provocatória brincadeira.

Finalizando o texto, ele dá uma proposta que diz ser um momento raro de ingenuidade pessoal, mas que não deixo de pensar: “… que nenhum país seja autorizado a participar se diretamente estiver, ou mesmo indiretamente alimentar uma guerra em qualquer parte do mundo.”

Não tenho medalhas para oferecer a você que me acompanha, mas deixo a imagem das minhas tulipas a 100 dias dos Jogos. Viva os Jogos Olímpicos, Rio, Brasil!

tulipasTot ziens! 🙂