Se você, como eu, é fã do trio belga Hooverphonic vai comemorar o retorno da melhor vocalista de sempre do trio, Geike Arnaert. Ela esteve junto a Alex Callier e Raymond Geerts entre 1997 e 2008. Retorna em 2020 após tentar outros caminhos em carreira solo.
Esse retorno coincide com os 20 anos do lançamento de um álbum de sucesso do trio “The Magnificent Tree“, e visa a participação no Eurovision Song Contest em Rotterdam, que foi adiado para o próximo ano devido a pandemia.
O single de sucesso “Mad About You” é a música do album que foi regravada, e marca esse retorno da formação que maior sucesso internacional conseguiu desde que a banda surgiu em 1995.
É uma série de mescla musical e visual (maschup), ou seja, transformações de conteúdos originais, criada pelo compositor e cineasta Melodysheep, que visa espalhar ciência e filosofia através de remixes de pensadores científicos proeminentes, como está explicado no website: https://www.symphonyofscience.com/
Escolhi uma dessas composições: The Poetry of Reality (A poesia da realidade). Esta maschup conta com a participação de 12 cientistas e entusiastas de ciências (Michael Shermer, Jacob Bronowski, Carl Sagan, Neil deGrasse Tydon, Richard Dawkins, Jill Tarter, Lawrence Krauss, Richard Feynman, Brian Greene, Stephen Hawking, Carolyn Porco e PZ Myers. Vale a pena estar atento a letra desta composição.
Encontrarás mais Sinfonia da Ciência também no canal do Melodysheep no YouTube.
Paul Éluard (1895-1952), poeta francês surrealista, escreveu sobre a liberdade, sobre a guerra, … e sobre o amor.
Anna Karina recita poema de Paul Éluard no filme Alphaville (1965) de Jean Paul Godard.
E o amor era o mais puro sentimento, apesar de uma vida marcada pela doença, pela infidelidade, pela traição, pela depressão, era o amor que brotava da boca do coração de Paul Éluard, capaz de revelar “o que é amor“, publicado no livro “A capital da dor” (1926).
Sua voz, seus olhos, Suas mãos, seus lábios. Nosso silêncio, nossas palavras. A luz que vai embora, a luz que volta. Um único sorriso entre nós. Por necessidade de saber, Vi a noite criar o dia, Sem que mudássemos de aparência. Oh, bem-amado de todos, E bem-amado de um só! Em silêncio, sua boca prometeu ser feliz. Cada vez mais longe, diz o ódio. Cada vez mais perto, diz o amor. Uma carícia leva-nos da nossa infância Cada vez que vejo a forma humana Como um diálogo de amantes. O coração tem uma única boca. Tudo por acaso. Todas as palavras ditas inesperadamente. Os sentimentos à deriva. Os homens vagueiam pela cidade. Um olhar, uma palavra Porque eu te amo Tudo está em movimento Basta avançar, para viver, Seguir adiante em direção aqueles que você ama. Fui em sua direção, sem parar na direção da luz Se você sorrir, é para melhor me envolver Os raios dos seus braços entreabriram a névoa.
Segue este bela homenagem à Anna Karina, com imagens do filme Vivre Sa Vie (1962), de Jean-Luc Godard, e o amor na belíssima música de Hante – Que Reste-t-il de notre amour?.
Eu já falei dessa banda de Antuérpia (aqui). É uma das poucas bandas da Bélgica que gosto de quase tudo que produzem.
Eles estão fazendo sucesso este ano com Maanlicht (Luar). O início da música soa algo diferente do que o grupo costuma produzir, e lembra o antigo grupo do vocalista, o “Warhola”. Só o início mesmo, porque depois da batida, a identidade do Bazart vem com toda força sobre uma letra poética e cheia de metáforas. Bazart: “Chegará um momento em que você terá que ir. No entanto, ficarei aqui sem o Sol. Aqui ao luar.”
O Bazart canta em holandês, ou melhor, em flamengo. É um pouco como comparar o inglês da Inglaterra e dos EUA. No mundo da música não há fronteiras, vale muito o sentimento, e o vídeo ajuda muito a sentir a música numa língua pouco falada. Ritmo sensual, vídeo igualmente sensual.
Angèle (Angéle Van Laeken), belga, é a nova sensação da música cantada em francês. Ela venceu, recentemente, 3 prêmios MIA’s – Music Industry Awards 2020 (Bélgica) e um prêmio no Franse Grammy Awards 2020.
A jovem de 24 anos conseguiu colocar várias músicas no top parede. Uma delas foi “Tout Oublier”, em parceria com seu irmão, o rapper Roméo Elvis.
A sua música parece inocente e sem nenhum propósito, mas ao visualizar os vídeos de suas músicas, então tudo passa a ter sentido, e de uma forma divertida traz alguns temas polêmicos.. É o caso do vídeo da música “Oui ou Non”, que é uma crítica ao sentimento de felicidade que as publicidades tentam passar.
Faz tempo que não escrevo nesta caixa “artistas” do blog. Em princípio, a intenção era trazer artistas nascidos aqui na Bélgica, no entanto vou fugir a esta regra inicial e trazer uma música do francês, nascido na Argélia, Étienne Daho, cantada em francês, que é uma das línguas oficiais no país.
Fim de ano é um período que traz “saudade”. Daí, lembrei da música “Saudade” (1991) do Étienne Daho, que vem com uma interpretação musical a qual eu costumo dizer que é uma viagem de sensualidade.
Saudade, uma palavra linda em qualquer pronúncia.
Bom fim de semana com SAUDADE e até ao próximo post! 😉
E o vencedor deste ano foi a Holanda, com a música Arcade, interpretada por Duncan Laurence. Era um dos meus favoritos, mas também gostei da Itália, da Suécia, da Noruega, da França, do Chipre, da Grécia, do Azerbaijão, da Islândia. Infelizmente, não deu para a Bélgica e nem Portugal chegarem à final.
Quando o metal da Islândia recebeu os muitos pontos da votação por telefone comemorou com uma bandeira da Palestina. Aqui vai o vídeo do que aconteceu a seguir e as câmeras oficiais não mostraram.
Debaixo de muita polêmica e possibilidade de boicote por alguns países participantes acontecerá o Festival Eurovisão da Canção de 2019 e que será a 64.ª edição anual do evento. O Festival será realizado de 14 a 18 de maio e pela terceira vez em Israel depois de Netta Barzilai ter ganho a edição anterior em Lisboa com a canção Toy. A cidade de Tel Aviv será a sede do evento pela primeira vez.
Eliot Vassamillet será o representante belga com a música Wake Up. A música ainda não caiu no gosto do público belga. Sinceramente, acho que a Bélgica não terá bom desempenho este ano, aliás foi o que aconteceu no ano passado.
Quem deve surpreender com sua música e apresentação é o representante de Portugal, Conan Osíris, com o tema Telemóveis.
Vamos vê-los a seguir e dê a sua opinião nos comentários.
É um ator belga, da região flamenga, com atuações em diversos países e em várias línguas.
Atuou em Ferrugem e osso (De rouille et d’os, 2012), em A garota dinamarquesa (The Danish Girl, 2015) e este ano vem com o lançamento The Mustang, com produção de Robert Redford.
Em Ferrugem e Osso ganhou o César de ator revelação. Eu assisti a essa produção franco-belga e recomendo para quem gosta do estilo “drama”. O enredo é sobre um amor imprevisível sobre dificuldades físicas e morais.
Vamos vê-lo abaixo em De rouille et d’os e The mustang:
Sabe quando você está na expectativa de um acontecimento, e quando chega o dia, aquela expectativa vai abaixo, no entanto neste mesmo dia, e para este mesmo acontecimento, outras coisas positivas acontecem que você não estava à espera, … ? Foi o que aconteceu comigo ao ir a este show durante a semana passada.
Algum tempo eu queria muito ir ao show da Selah Sue, uma jovem cantora belga, com muita potência de voz e que já falei aqui no blog (Selah Sue). E eu também fiz uma apresentação nas aulas de holandês sobre um projeto nas escolas daqui, que esta cantora dá a sua imagem e a sua vivência quanto à depressão. E, finalmente, aconteceu! Já mais de um mês que os ingressos estavam comprados, porém eu vi alguns curtos vídeos deste show em países vizinhos, e fiquei com a sensação de que não ia gostar do formato do show. Ainda dei a sugestão de tentar vender os ingressos, mas eles vieram personalizados. Poderia resultar em alguma dificuldade. 😊 Tenho de rir!
Resolvemos enfrentar a ida até Antuérpia. Apesar de ficar a 20 min de casa, mas vale sair, pelo menos, 2 horas antes, se for de carro. Era um dia útil e o trânsito é sempre enorme, a procura por estacionamento é outra batalha. Fomos por um caminho alternativo, mais longo, mas só mesmo para entrar na cidade é que pegamos congestionamento para um túnel. Chegamos com 40 min de antecedência para abrir o portão do recinto e achamos vaga no estacionamento gratuito do parque. Sim, para a minha surpresa o show era num recinto fechado num parque que eu não conhecia (parte boa do show). Rsrsrs
Fomos andando pela alameda principal do parque que é enorme com uma grande quinta, com pistas para as crianças aprenderem os sinais de trânsito, campos de futebol, etc. Não deu para conhecer todo o parque. Pegamos um atalho para chegar até à concha acústica. O que valeu a noite! 😊 O parque chama-se Provinciaal Domein Rivierenhof.
Um atalho dentro do parque até chegar na concha acústica
Chegando ao recinto, tudo muito organizado, um público que para minha surpresa abrangia várias idades. Ao entrar, uma oferta de comida diferenciada em relação a outros shows, com almondegas de lentilhas, nachos com guacamole, batata doce fritas, e até peixe. Abriram os portões para a área de show, e entregaram umas almofadinhas para sentar nos bancos da concha acústica. Sentamos na 2ª fila, pois nunca imaginávamos que ficaria superlotado com pessoas em pé junto ao palco. ☹ Como eles são altos! Rsrsrs
Esinam
A abertura foi com uma artista belga com origem no Gana, Esinam. Só deu para uma foto de qualidade do show de abertura. Pontualmente às 21:30hs, entra a Selah Sue, e no palco já estavam dois músicos. E aconteceu o que eu temia. O show não estava no meu agrado. Rsrsrs Minha família foi paciente comigo, pois sabiam do meu desejo em ir ao show, mas só não levantei por educação. Ok, o show estava impecavelmente correto, tecnicamente falando, mas estava um tédio. Eu bocejei! Rsrsrs. Quando terminou o show, e naquele momento que o artista sempre retorna, melhorou. Selah Sue voltou ao palco sozinha com um violão, e cantou 3 músicas a pedidos da plateia.
Selah Sue
Durante o show passei a fazer leituras das pessoas, e li pessoas satisfeitas e outras que pareciam estar como eu. Havia um jovem casal apaixonado que saiu antes do término do show. Diverti-me com o humor característico do meu filho mais velho em que detalhes da cena são ditas com muita seriedade com um fundo de graça. Adorei o ambiente até o recinto do show, apesar de alguns poucos mosquitos. Gostei da diversidade da plateia, e de que muitos foram de bicicleta. Achei a oferta de culinária deliciosa e original. No entanto, eu não gostei do show, e não houve vontade para muitas fotos e filmes. Eu poderia mudar o título do post para “crônica de um show T”, T de tédio. Acontece. Fica um pedacinho do finalzinho do show em vídeo, a seguir.