No fim de semana passado não houve post do Miau do Leão porque eu estive na entrega de prêmios das Olimpíadas de Ciências da Natureza (Biologia, Geografia, Física e Química). O meu filho mais jovem foi o 11° de 2469 participantes em Química na Bélgica. Já no ano do Covid, o meu filho mais velho conquistou o 3° lugar em Geografia. Eles vieram viver para Bélgica já pré-adolescentes. Sou uma mãe orgulhosa. 🙂
A solenidade aconteceu no auditório da Universidade de Leuven. O ministro da educação e os media locais não estiveram presentes. Uma vergonha. Um estava preocupado com as eleições iminentes, e o outro em buscar notícias negativas.
Ao entrar no amplo hall de entrada que dá acesso ao auditório, vi uma grande foto com uma mulher cientista. Subi as escadas e vi que o auditório recebeu o seu nome, Rosalind Franklin.
As primeiras palavras do apresentador da cerimônia foi para explicar quem foi Rosalind Franklin, e porque o auditório leva o seu nome. Os seus contributos para ciência foram desvalorizados por homens. Só após a sua morte recebeu reconhecimento. Ela viveu apenas 37 anos, mas como química, essa cientista inglesa lutou contra um meio acadêmico que não valorizava as mulheres, e mesmo assim, ela descobriu o formato de dupla-hélice do DNA e descreveu a estrutura molecular do RNA, vírus, carvão mineral e grafite. Hoje, em sua homenagem, há bolsas de estudos e pesquisa com seu nome especialmente para mulheres, e instalações acadêmicas que recebem o seu nome.
Por isso, achei interessante trazer esse momento de conhecimento ao blog. O vídeo abaixo traz um resumo da história desta mulher. É um vídeo curto que vale a pena ser visto. Há legenda em diversos idiomas.
Agradeço sua leitura e até ao próximo post! 😉