O Museu da Inocência, o livro

O escritor turco Orhan Pamuk, Nobel de literatura 2006, traz-nos uma história de amor em O Museu da Inocência (2008). Na verdade, um amor obsessivo de um homem com trinta e poucos anos, classe rica, por sua jovem prima distante, de classe média.

Em seus 83 capítulos, o escritor leva essa história atravessando as ruas de Istambul, a história política do país no século XX, e sua indústria cinematográfica.

Confesso que me cansei várias vezes ao ler. O amor do personagem masculino era algo sufocante, um sofrimento que durou anos. Senti que sua amada não correspondia na mesma intensidade. Ela vivia em seu pequeno mundo de egoísmo. A idolatração do personagem masculino é só compreendido por quem já amou. Por isso, parei por dias a leitura para sair do mundo da história de Pamuk. Era uma agonia que só poderia terminar com a morte. O personagem principal constrói um museu em tributo à sua amada com a coleta e armazenamento de objetos tomados pelo sofrimento de uma ferida psicológica.

No fim do romance, o escritor caminha para fora daquela bolha, e traz-nos o que considero uma homenagem aos museus de todo o mundo, e também aos colecionadores. Ele passa a descrever com paixão sobre vários museus em diferentes partes deste planeta. Assim, surge o Museu da Inocência.

Foi um prazer chegar até a porta deste museu criado em 2012 pelo escritor Orhan Pamuk com objetos reais para uma história fictícia. Um museu para um romance literário. O trânsito na bela e agitada Istambul não é fácil, e eu cheguei após a hora de fecho. A agenda não permitia uma nova tentativa.

O seu endereço é: Cukurcuma Caddesi, Dalgic Cikmazi, 2 Beyoglu, Istambul 34425 Turquia.

Agradeço sua leitura e até ao próximo post!